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Queijos: métodos de fabricação e dicas de harmonização de 20 tipos

Queijos: métodos de fabricação e dicas de harmonização de 20 tipos

Ricos em proteínas, vitaminas e minerais, os queijos podem trazer diversos benefícios para a saúde quando aliados a uma dieta balanceada. A variedade é grande e as opções nas prateleiras não param de crescer.

Pensando nisso, conversamos com Luiza Hegg, gerente de marketing da Tirolez, e Lucas do Carmo Silva, assistente de desenvolvimento de produtos da Scala, para trazer os principais tipos de queijo disponíveis no mercado e suas especificidades.

Antes de mergulhar no conhecimento dessas delícias, vale esclarecer alguns mitos, como ‘quanto mais mofado melhor’ ou ‘quanto mais amarelo, mais calórico’. “A quantidade de mofo não é um parâmetro que se aplica a todos os queijos, mas a alguns específicos.

Mesmo nestes, não é um indicativo de qualidade, mas parte de sua estrutura”, explica Luiza. “Já a coloração dos queijos se deve à adição de um corante natural, chamado urucum, durante o processo produtivo.

Então, não há o que comparar. O gorgonzola, por exemplo, é um queijo de massa branca assim como o frescal, mas sua quantidade de gordura é bem maior”.

1. Brie

Especial: Oito receitas com a delicadeza do queijo brie (Foto: Thinkstock)

 

 

O brie é originário da região que leva seu nome, à leste de Paris. Produzido com leite de vaca, tem casca aveludada e massa macia que pode variar do sabor suave ao intenso, dependendo do grau de maturação.

O responsável por essa casca branca, que deve ser consumida junto ao miolo, é o mofo Penicillium candidum.

2. Camembert

Queijo Camembert (Foto: Getty Images)

 

Queijo Camembert (Foto: Getty Images)

 

Muito parecido com o brie no sabor e no processo de fabricação, seu nome também se justifica pela origem, no vilarejo de Camembert, na região da Normandia, na França.

Em formato cilíndrico pequeno, tem casca branca aveludada, massa macia e sabor que pode variar do suave ao intenso, dependendo do grau de maturação. A principal diferença reside no formato, pois o brie é produzido em fôrmas cilíndricas grandes.

Queijo coalho com mel e alecrim (Foto: Getty Images)

 

O queijo de coalho é um produto tipicamente brasileiro, suas origens remontam as instalações das primeiras fazendas no sertão nordestino em meados do século 18. Seu processo de fabricação resume-se na coagulação da massa através do uso exclusivo de coalho, daí o seu nome.

A coalhada é então cortada, coada, previamente prensada e salgada. Só então a massa é cortada e são aplicados os tradicionais palitos de madeira.

“Uma das principais características é sua resistência ao calor o que permite uma excelente performance ao ser assado ou grelhado em altas temperaturas.

Além de consumido puro, o queijo de coalho é consumido fatiado em forma de petiscos, em espetinhos e utilizados em inúmeros pratos tradicionais brasileiros, como no famoso prato nordestino Baião de Dois”, destaca Lucas.

4. Colonial

O queijo Colonial tem origem brasileira, mais precisamente, no Rio Grande do Sul. É um queijo com sabor suave, bem aromatizado, ótimo para acompanhamentos e tira-gostos.

Sua produção leva leite, corante natural de urucum, fermento e coagulante. Após a coagulação do leite, é realizado o corte da coalhada e a mexedura sob aquecimento, para o ajuste das características de textura do queijo.

Em seguida, os grãos são prensados em formas, dando formato e contribuindo para consolidar a textura de queijo, e colocados em salmoura, para dar ao queijo sabor.

O queijo permanece por cerca de 20 dias em uma câmara de maturação antes de estar pronto para consumo.

5. Cottage

Queijo Cottage (Foto: Thinkstock)

Originário da Grã-Bretanha e difundido em todos os países de origem anglo-saxônica, o cottage era um queijo típico das vilas e aldeias inglesas. Acredita-se que o uso do nome queijo cottage começou em 1831, quando o queijo era feito em casas utilizando o leite que sobrava da produção da manteiga.

Possui sabor fresco, suave e levemente ácido. De textura macia e granulosa, é considerado um dos mais saudáveis e “magros” da categoria. “Ele é uma ótima opção para quem busca a manutenção do peso e o ganho de massa magra, pois é rico em proteínas.

Além disso, a caseína presente em sua composição faz com que a absorção dos nutrientes seja mais lenta pelo organismo, gerando saciedade por mais tempo”, reforça Luiza.

 

6. Cream Cheese

Cream cheese (Foto: Thinkstock)

 

De textura cremosa, espalhável e sabor levemente ácido, o cream cheese é um queijo desenvolvido nos Estados Unidos no século 19, que vem sendo cada vez mais apreciado pelos brasileiros devido a versatilidade de seu consumo.

Produzido com leite pasteurizado, é fermentado para atingir seu sabor característico e delicioso aroma. Por fim, para atingir a textura ideal, o produto é submetido a homogeneização, etapa que garante consistência ideal para diversos tipos de aplicação, como pizzas, tortas e sushis.

7. Edam

Queijo Edam (Foto: Divulgação )

 

Típico da Holanda, sua produção no Brasil começou em Minas Gerais. Tem sabor salgado, picante, com um toque adocicado. É consumido principalmente em tábuas de queijos acompanhando de frutas frescas, como pêra e uva, e também geleias ou frutas secas.

8. Emmental

Queijo Emmental (Foto: Getty Images)

 

Originário da Suíça, ele tornou a expressão “queijo suíço” mundialmente conhecida e possui características similares ao Gruyère. Com sabor suave e ligeiramente adocicado, agrada tanto os adultos quanto crianças. É o queijo essencial para o fondue e também pode ser consumido em molhos brancos, sopas cremosas ou como recheio de omeletes e tortas.

9. Estepe

Queijo Estepe (Foto: Tirolez/Divulgação)

 

 

Acredita-se que a origem do queijo estepe se deve aos dinamarqueses, que migraram no século X para as Estepes Russas e lá teriam começado a produzi-lo.

Possui sabor suave e amendoado, ligeiramente doce, motivo pelo qual combina com sabores salgados, como os de presunto e outros finos.

Por sua beleza e tamanho avantajado, geralmente feito em fôrma de 6 kg, o queijo estepe é presença obrigatória em mesas de queijos e vinhos.

10. Gorgonzola

Queijo gorgonzola (Foto: Divulgação )

 

 

Italiano, seu surgimento foi por volta do século 5 na região que leva seu nome, nos arredores de Milão. É um queijo conhecido por sua textura macia, seu sabor que vai de salgado, levemente amargo a picante, e sua coloração branca com linhas azuis e verdes.

Tais particularidades resultam da maturação, da adição do mofo e da perfuração da massa, que permite que o oxigênio adentre o queijo e o fungo cresça.

“O consumo de gordura por parte do fungo é convertido em compostos que dão a característica esverdeada e o sabor picante ao produto, além de contribuir para sua textura macia e levemente cremosa com a quebra de proteínas”, explica Lucas.

Na tábua de queijos, combina com sabores adocicados como uva, pera, figo, damasco, mel e Vinho do Porto. Em receitas, vai bem na salada com nozes, em sopas cremosas, risotos, patês e molhos de massas e carnes.

11. Gouda

Queijo Gouda (Foto: Divulgação )

Originário da parte sul da Holanda, ainda é um dos queijos mais importantes deste país, famoso no mundo inteiro e muito apreciado pelos brasileiros. Seu sabor suave e ligeiramente adocicado é excelente em combinações com frutas secas, vinho tinto, cerveja e até mesmo doces e compotas.

“Ele também pode ser utilizado como um substituto mais saboroso do queijo prato em lanches e sanduíches mais requintados. Por estar entre os queijos com maior índice de cálcio, é ideal para quem deseja prevenir doenças como a osteoporose”, destaca Luiza.

12. Meia Cura

Queijo meia cura (Foto: Getty Images)

 

Muito tradicional em Minas Gerais, o queijo Meia Cura possui sabor marcante, levemente ácido. Ele vai bem em diversas receitas e é o ingrediente principal do nosso amado pão de queijo.

“A adição de um soro fermento específico durante a produção leva à formação de uma coalhada lisa e uniforme, cortada e cozida ainda no tanque de fabricação. Após os processos de prensagem e salga, o queijo é maturado por 12 dias para que os microorganismos consumam parte dos nutrientes, definindo o sabor e aroma clássico do produto”, explica Lucas.

13. Minas padrão

Queijo minas padrão (Foto: Getty Images)

 

O queijo minas padrão é tipicamente mineiro, mas seu consumo está enraizado na rotina dos brasileiros, do café da manhã à sobremesa, com o clássico Romeu e Julieta.

“A qualidade do leite é essencial para fabricação de um bom queijo minas, que matura por aproximadamente 20 dias embalado, permitindo que as enzimas presentes no queijo quebrem as proteínas e gorduras em moléculas menores, entre elas compostos voláteis de valor aromático, que conferem a textura macia e o característico aroma apreciados no produto”, explica Lucas.

14. Minas Frescal

Queijo Minas Frescal (Foto: Divulgação )

 

De origem tipicamente brasileira, o queijo minas frescal, como o próprio nome já diz, é um queijo fresco, possuindo alta umidade, além de ser leve e suave. Para proteger o consumidor, deve ser preparado com leite pasteurizado, processo que mata microorganismos nocivos à saúde.

Em sua produção, o queijo passa pela coagulação, corte e salga. “Por ser um produto delicado e muito fresco, deve ser mantido na geladeira e seu prazo médio de validade é de 24 dias após a fabricação. Fica ótimo em sanduíches quentes e frios, e acompanha muito bem doces e compotas”, sugere Luiza.

15. Mussarela

Mussarela (Foto: Thinkstock)

 

Com origem italiana, o queijo mussarela popularizou-se no Brasil por sua textura macia, fatíavel e sabor realçado. Na produção, sua massa passa por um processo de derretimento e estiramento para modificar a estrutura do queijo, dando sua conhecida característica de elasticidade ao derreter. É amplamente utilizada em sanduíches, pizzas e diversos tipos de receitas culinárias.

16. Montanhês

Queijo montanhês (Foto: Getty Images)

 

Leva este nome por ser feito em larga escala na serra da Mantiqueira, em Minas Gerais. Este queijo possui um sabor mais suave que o parmesão por seu tempo menor de maturação – pelo menos 4 meses.

Harmoniza bem com vinhos suaves e frutas. Pode ser usado em tábuas de frios ou como aperitivo. “Uma dica é utilizá-lo como substituto do parmesão, salpicado por cima de legumes assados, tomates recheados e massas”, afirma Luiza.

17. Parmesão

Queijo parmesão (Foto: Getty Images)

 

O queijo parmesão surgiu no Vale do Pó, no norte da Itália. Feito a partir de leite devidamente pasteurizado e soro fermento inoculado, é transformado em queijo após um rápido cozimento, prensagem e um período de salga de 5 dias, que resultam em um queijo duro e de textura granulosa.

Sua classificação é feita a partir do tempo de maturação, começando de pelo menos 6 meses. “Seu consumo puro é ideal para acompanhar vinhos encorpados ou, no verão, cerveja. É indicado também para gratinar massas e outros pratos, e ralado para realçar o sabor de molhos”, lembra Luiza.

18. Prato

Queijo prato (Foto: Getty Images)

 

É um queijo brasileiro, desenvolvido por dinamarqueses que imigraram para o Brasil em meados de 1920 e construíram suas queijarias nas regiões do Sul de Minas e Campo das Vertentes/MG.

Conhecido por sua coloração alaranjada, devido à adição de urucum, ele é suave, frutado e ligeiramente adocicado, podendo ser consumido puro, ou em omeletes ou em lanches e sanduíches. “Durante sua fabricação, a massa é submetida a lavagem com água quente, reduzindo a quantidade de lactose do queijo e auxiliando a manter o sabor característico durante seu tempo de validade”, explica Lucas.

19. Provolone

De origem italiana, este queijo é um sucesso no mundo inteiro, pois seu sabor lácteo e defumado impressiona a maioria dos paladares. O diferencial em sua produção reside justamente na defumação, feita em câmaras especiais, e no processo de maturação mais longo que o normal.

“No caso do provolone, esse é um processo lento, que leva cerca de 60 dias. Durante esse período, o queijo permanece em ambientes com temperatura e umidades controladas”, explica Luiza. É possível degustá-lo de diversas formas:

 

puro, temperado, ralado, gratinado, na composição de molhos, em lanches e sanduíches, deixando as receitas mais saborosas. Por possuir um sabor marcante, pode ser servido com vinhos tintos encorpados mas, para nosso clima tropical, recomenda-se a degustação com cerveja.

20. Reino

Queijo Reino (Foto: Tirolez/Divulgação)

 

Curiosamente, o queijo reino pode ser o mais brasileiro dos queijos. Transportado em barris utilizados antes para o armazenamento de vinhos, o queijo Edam passava meses cruzando o Oceano Atlântico antes de chegar ao Brasil. A longa viagem alterava sua maturação, e consequentemente, seu sabor e textura, dando lugar ao queijo “do reino” de Portugal.

Tem um sabor picante e uma textura firme que derrete na boca. “Quanto mais envelhecido, mais acentuado o seu sabor. É uma ótima pedida sozinho ou acompanhado. Pode compor recheios de pastéis, sanduíches quentes e frios, e até ser derretido sobre carnes e hambúrgueres”, sugere Luiza.

21. Sem lactose
Nos queijos sem lactose, a enzima lactase é adicionada durante o processo produtivo. Seu papel é quebrar o açúcar do leite em duas partículas menores, a glicose e galactose, possibilitando a digestão para àqueles que possuem deficiência na absorção de lactose.

Por este motivo, os intolerantes à lactose podem consumir o produto normalmente. O melhor de tudo é que praticamente não há diferença na textura ou no sabor dos queijos nessa versão.

Fonte: revistacasaejardim

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